A
ARTE SECULAR DO JATEAMENTO ARTISTICO
Desde o surgimento do
vidro, o homem vem modificando-o na sua forma ou cor, para obter um melhor
resultado em sua aplicação final. Ao observar uma rajada de vento contra
uma vidraça, em 1870, o americano Benjamin Tilghman descobriu o processo de
jateamento por areia.
A técnica de trabalhar o vidro, trocando sua transparência
pelo aspecto leitoso, surgiu dessa observação. Tilghman concebeu um
sistema através do qual um jato de areia, impulsionado por vapor a grande
velocidade, limpava e ornamentava lápides de túmulos e também se prestava a
criações artísticas em vidros.
Logo depois da invenção da máquina, o fenômeno do fosqueamento
se alastrou pela Europa, tendo como fonte de inspiração o movimento Art
Nouveau. Em 1885, outro americano, Mathewson, aperfeiçoou o invento,
patenteando um mixador de ar e areia que substituiu o vapor pelo ar comprimido.
Durante pelo menos 50 anos, esse sistema foi utilizado nas indústrias,
com auxílio de escafandro, alimentado por oxigênio, na tentativa de proteger o
artista dos efeitos dos abrasivos, que continham elementos altamente nocivos à
saúde. O vidro jateado já teve momentos de grande popularidade em
décadas passadas. Atualmente, com a segurança das máquinas, o trabalho
esta retornando com plena força, já que se trata de um serviço artesanal
o qual valoriza o ambiente e o embeleza.